Reckziegel e Lauschner

Info. Históricas


Francisco Jose Busse

Francisco José Busse chegando em Itapiranga


Itapiranga 1926. Itapiranga em 1926 era distrito do município de Xapecó (hoje Chapecó). E as terras na regiao Oeste de Santa Catarina eram do "Volksvereim". Uma associacao de descendentes Alemaes. A regiao que hoje é Mondaí era chamada de Porto Novo. O Volksverein fez com que um grande número de alemaes entrassem nessa regiao. Logo o povo sentiu-se apoiado pelo Volksverein que lhes deu as terras com boas condicoes de pagamentos. Os moradores vinhan do Rio Grande do Sul, grande número de Santa Cruz do Sul/RS, até do outro lado do Rio Uruguai em Mondai. Sabemos que tiveram grandes problemas para atravessar o Rio Uruguai com barcos a remo, muitos montados na hora, amarrando uma madeira na outra, formando assim um meio de transporte para fazer a travesia. Mas esta idéia nao deu muito certo. Muitos perderem ainda o que haviam junto nessa passagen do Rio. Chegando em Porto Novo (Mondaí/SC) com as maos vazias. Costeando o Rio Uruguai foram até Linha Becker, de lá se espalharam para fazer o início da colonizacao de Itapiranga. Os primeros alemaes entraram em Itapiranga 1925. Cerca de 1926, quando Francisco José Busse chegou a Itapiranga, onde já haviam moradores na regiao de Linha Becker, isso fez com que ele entrasse mais pelo interior. Estabelecendo-se em Linha Ervalzinho com esposa e com ajuda de alguns Índios lá existentes e apoiado pelo Volksverein. Comecou sua vida com um objetivo de ter algo próprio, uma propriedade rural.
Em 1927 veio o 1° filho, o progresso via-se, tao logo também vieram mais filhos. No final somaram-se 11 no total. Como os primeiros filhos já eram crescidos comecaram ajudar a família no desmatamento para o plantio. Mas as precarias condicoes de assistencia a saúde fez com que nascessem filhos com problemas ou deficientes. Francisco José tambem foi atingido com filhos deficientes. Mas nunca desanimaram com os problemas. Sendo cada um apoiava o outro ou faziam o servico em conjunto. Como também na alimentacao, com o sistema troca-troca, sabendo-se que nao havia muito dinheiro.
Nos anos de 1940 a 1945, Francisco José Busse comprou uma Charrete. Sendo a primeira na regiao de Ervalzinho. Assim facilitando o transporte ( ir no moínho). Para isso ele precisou uma Carteira para Carroceiro (foto página anterior). Conforme comenta Pe. Albano Kerbes (vizinho) certo dia Francisco José fazendo uma viagem de Charrete enrosca em uma árvore e quebra uma roda fora. Ele o encontrou nessas estradas estreitas no meio do mato sentado ao lado de sua Charrete chorando. Diz que foi lógico o difícel de conseguir comprar e tao logo acontecer algo assim.
Com a vinda da 2° Guerra Mundial, o povo alemao foi perseguido pelos americanos. Muitos tiveram que deixar a cidadania alema, ficando somente coma a brasileira. Francisco José Busse conseguiu ficar legalmente como estrangeiro alemao. Sabe-se também que ele saiu da Alemanha com visto para fixar residencia no Brasil. Pois nessa época de 1920 a 1945, muitos fugiram da Alemanha por ser a época da fome e guerra. E no Brasil adotaram a cidadania brasileira. Francisco José Busse sempre permaneceu Alemao. Para ele fazer uma viagem para Santa Cruz do Sul, precisou um Salvo Conduto da Delegacia.
Informação enviado pelo neto Guido Busse que reside na Alemanha.
Guido Busse
Ludwigshafen Am Rhein - Alemanha
Contato: Guibusse@aol.com
Fone: 0621-626399